A vitória-régia é a maior planta aquática do mundo e, acima de tudo, é vista como o símbolo da Amazônia. Inclusive, ela consegue suportar um peso de até 40 quilos em sua superfície. Conheça essa e outras curiosidades a respeito dessa bela espécie amazônica.

Vitória-régia é uma das riquezas da floresta Amazônica

Ela é uma planta aquática, que possui uma grande folha redonda, na cor verde-escura. Além disso, conta com uma dobra em sua borda, ou seja, tem o formato de uma bandeja rasa.

Típica da região Norte, ela está presente na bacia do Amazonas e, por isso, é considerada o símbolo da maior floresta tropical do mundo.

A vitória-régia pode chegar a medir cerca de dois metros de diâmetro. Uma curiosidade sobre ela é que a mesma suporta em sua superfície um peso de até 40 quilos. Portanto, uma criança pode deitar sobre ela, de modo bem distribuído, sem que ela afunde.

Ela tem uma flor branca que após algum tempo, torna-se rosa, ela se abre a noite e dela é liberado um aroma doce. Aliás, devido a sua beleza, é muito utilizada como decoração em lagos e jardins.

Conheça a origem do nome

Esse nome foi dado por um botânico da Inglaterra, John Lindley, em honra a rainha inglesa Vitória, no século XIX.

 

O mesmo participou de uma expedição à Amazônia e acabou levando sementes dessa planta aquática para os jardins do palácio real.

As propriedades da maior planta aquática do planeta

Imagem de vitórias-régias em lagoa
Imagem de FAMAZONIA

Também conhecida pelo nome de jaçanã, a vitória-régia tem a maior flor das Américas. Ela pode ser encontrada no Brasil e em outros países, por exemplo, Bolívia e nas Guianas.

Ela é 100% aquática, possui folhas que flutuam, canais que escoam, bem como duas aberturas laterais, que leva a água das chuvas para o corpo d’água. Além disso, ela é rica em sais minerais, ferro e amido.

O seu fruto amadurece em seis semanas e suas sementes são flutuantes. Assim, na época de vazante, ela se fixa no solo e dá origem a uma nova planta.

Um fato curioso sobre a folha da jaçanã é que, quando jovem, a mesma tem o formato de um coração. Inclusive, ela também:

  • Possui características laxantes;
  • Bem como cicatrizantes;
  • Os índios também a usam para colorir os cabelos e fortalecê-los.

As características da vitória-régia

O nome científico dessa planta é Victoria amazonica e ela é uma angiosperma com um ciclo de vida perene.

As suas bordas medem cerca de 10 cm e ela apresenta nervuras nessa área, além disso, tem um compartimento de ar na parte inferior. É por causa delas, aliás, que a mesma não afunda mesmo estando na água.

Por meio de um pecíolo longo e flexível, ela se conecta ao rizoma. Este, por sua vez, contém vários espinhos, o que torna essa planta mais resistente.

As flores desta bela planta

Para quem não sabe, as flores da vitória-régia, em um primeiro momento, têm cores brancas com bordas verdes. No entanto, após 48 horas (o seu tempo de vida máximo), já prontas para a polinização, mudam de cor e assumem um tom rosa.

Por último, também é possível que essa angiosperma aquática se multiplique por meio da divisão do rizoma.

Os diversos usos dessa planta

Uma de suas muitas utilidades é servir de inspiração, afinal, a vitória-régia é uma planta bela e majestosa.

A sua raiz, aliás, é um tubérculo que é bastante rico em sais minerais e amido. Dessa forma, quem vive em áreas próximas costuma consumir essa parte da mesma.

Outro uso bastante conhecido pelas tribos indígenas tanto do Norte quanto do Centro-Oeste é o de suas sementes. Onde os índios extraem o suco das raízes e a partir dele, fazem tinta para cabelo.

Conheça os outros nomes da vitória-régia

O que não faltam são nomenclaturas para essa espécie de planta, assim, confira alguns deles logo abaixo:

  • Milho-d’água;
  • Irupé;
  • Aguapé-açu;
  • Jaçanã;
  • Rainha-dos-lagos;
  • Forno-d’água e muitos outros.

Fatos curiosos sobre a vitória-régia

Além da sua beleza que chama a atenção e inspira artistas, a planta também é comestível e serve de sustento para diversas famílias. Isso porque o povo nativo que reside próximo a ela, consome um tipo de tubérculo que fica em seu rizoma, a raiz que fica debaixo d’água.

Soma-se a isso, as suas sementes que são tostadas e até mesmo as suas folhas. Outra curiosidade, diz respeito a sua flor, chamada de mini vitória-régia. Assim, ela pode chegar a medir 30 cm de diâmetro.

Para ter essa angiosperma em seu jardim, é necessário ter um lago bastante espaçoso. Além disso, saiba que ela não requer nenhum tipo de cuidado especial de jardinagem, no entanto, a temperatura ideal para a sua sobrevivência é acima dos 20ºC.

As lendas sobre a maior planta aquática do mundo

Diversas tribos indígenas relatam lendas sobre a origem da jaçanã. Então, uma delas fala de uma garota, que se apaixonou pelas estrelas e pela Lua.

Por conta desse amor, a menina tentou de várias formas chegar até elas no céu, aliás, conta-se que uma vez ela chegou a criar uma escada de cipó. Mas tudo isso foi em vão.

Até que viu o reflexo das estrelas e da Lua nas águas. Dessa maneira, imaginou que as mesmas moravam no fundo do rio. Assim, ela mergulhou nas profundezas e, a partir dali, desapareceu, não retornou mais à superfície.

Jaci, isto é, a Lua, teve piedade da garota e então, transformou a índia em uma das plantas aquáticas mais bonitas do Amazonas.

Moroti e Pitá é outra lenda sobre a vitória-régia

Outra lenda que tem como plano de fundo uma história de amor infeliz. Então, Pitá e Moroti eram um casal de índios muito apaixonados um pelo outro.

Um dia, a índia pediu uma prova de amor ao seu guerreiro. Portanto, jogou no rio uma de suas joias e pediu a Pitá que a recuperasse.

É claro que o índio mergulhou nas águas profundas, a fim de satisfazer a vontade de sua amada. Mas, depois de algum tempo, o mesmo não voltou à superfície.

Moroti, muito arrependida e preocupada, também entrou no rio e assim como o índio, desapareceu. Logo no dia seguinte, surgiu naquela mesma área, uma planta redonda enorme, com uma bela flor branca no centro, ou seja, a vitória-régia.