O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia pega peixes-boi órfãos e cuidam deles. Mas, a falta de dinheiro impede que continuem com o projeto, mesmo com os animais em ameaça de extinção. A seguir, entenda melhor o que está acontecendo.

Peixes-boi: conheça a espécie

Um local do Brasil que possui um grande número de peixes-boi é a Amazônia. Além disso, alguns deles, por causa da pesca, ficam órfãos. Já que suas mães muitas vezes ficam presas em redes ou são caçadas, assim, deixando seus filhotes sem amparo.

Todo animal quando jovem precisa da mãe para o ajudar a viver. Logo, não é diferente com esses bebês de peixe-boi. Por isso, o INPA, Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia, está cuidando disso há um tempo.

Essa instituição pega esses mamíferos órfãos e os trata até que possam voltar para a natureza. Por isso, precisam de verbas para sustentar os gastos com tal tarefa. Porém, os recursos que chegam para esse fim não dão conta de todas as necessidades.

Ciclo de vida do peixe-boi

Imagem de G1

Ao contrário do que muitos pensam, por causa do nome, o peixe-boi não é um peixe. Ele é um animal mamífero aquático que vive em águas rasas. E existem trê espécies desse animal:

  • O africano;
  • Marinho;
  • Amazônico.

A espécie dos filhotes órfãos é o amazônico, o menor dos três tipos acima. Ainda podem ter até três metros de comprimento e pesar 480 quilos. Aliás, seus tons de pele podem variar de cinza escuro até o preto e com manchas brancas.

Reprodução

O período de reprodução ocorre no tempo de chuvas. Uma vez que os rios sobem e junto a vegetação ajudam as fêmeas na gestação e lactação. Então, é quando a cópula ocorre e após um ano nasce o filhote.

 

Dura três anos o ciclo para que a fêmea do peixe-boi possa gerar. Logo, é um período lento em comparação com outros mamíferos marinhos.

Cuidados

Enquanto estão nos primeiros anos de vida, eles são cuidados pelas mães. Além do mais, durante dois anos eles podem receber leite materno. Em seguida, se separam e vão viver suas vidas.

Nas instituições, os filhotes  podem passar mais tempo ainda sendo cuidados. Por causa disso, é caro manter os animais nos tanques.

O local de reprodução facilita a caça

Um problema ligado a isso é que torna mais fácil a predação desses animais. Posto que ficam em águas mais rasas e próximas à margem dos rios. Por isso, o número de peixes-boi órfãos é tão grande.

Entenda como eles chegam ao INPA

Como dito, muitas vezes as mães desses animais ficam presas em redes. Ou os caçadores as pegam, fazendo com que os filhotes fiquem órfãos. Por causa disso, as pessoas do INPA resgatam eles para cuidar.

Perigos das redes de pesca

A caça predatória desses animais é uma ameaça para que eles possam existir. Porque pegam eles sem se preocupar com a continuação da espécie. Sobretudo as redes de pesca que deixam eles presos sem poder sair para se alimentar.

INPA: o que é

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia é um órgão do Governo Federal. Por isso, eles recebem peixes-boi filhotes sem mãe para cuidar. Logo, abrigam os bebês em seus tanques enquanto eles não podem ir para a natureza.

Há mais de 45 anos que fazem esse trabalho na Amazônia. Também, contam com doações de grupos privados para existir.

Segundo o INPA, eles recebem cerca de 12 peixes-boi nos primeiros anos de vida, por ano. Então, cuidam deles com comida e abrigo para que fiquem fortes. Assim, os custos anuais são altos, porque o leite dos órfãos deve ser rico em nutrientes.

As pessoas encontram eles em redes de pesca e entregam na instituição. Posto que as outras entidades que existem na região não recebem mais, porque eles não têm mais dinheiro para manter esses animais.

O que é preciso para devolver o peixe-boi para a natureza

Quando chegam no INPA eles logo vão para os tanques. Depois disso, os cuidadores observam e cuidam deles para que fiquem fortes e todo esse processo leva cerca de dois anos para ser concluído.

Como o peixe-boi é tratado pelos pesquisadores

No instituto, os profissionais alimentam eles com um leite rico em gordura. Então, é parecido com o que a mãe oferece a eles. Com isso, eles criam força para viver no meio ambiente.

Monitoramento dos animais

Antes de soltarem os peixes-boi, alguns indivíduos recebem um aparelho. Assim, o INPA monitora como eles ficam fora dos tanques. Logo, isso requer tecnologia e verbas para o instituto.

Com esse cuidado, é possível ver se todo o processo anterior foi efetivo. Ainda, percebe a adaptação do animal ao meio ambiente.

A falta de recursos pode prejudicar a existência do peixe-boi

Com a falta de verbas, muitos institutos já pararam de receber os filhotes de peixe-boi. Assim, pode ser um problema para a existência desses animais. Uma vez que a medida que os bebês ficam sem amparo, podem morrer até por falta de alimento.

Não poderão mais cuidar dos animais

Segundo o instituto, os custos para manter os peixes-boi giram em torno de 2 milhões. Mas, eles sofreram uma redução de 16% nos valores que eles recebem. Então, existe uma ameaça de que falte até o alimento para os animais.

Ameaçados de extinção

Um dos animais na lista de bichos em ameaça de extinção é o peixe-boi da Amazônia. Já que a caça em busca da sua carne e couro por muito tempo foi sem controle. Logo, diminuiu a quantidade de espécies na Amazônia, seu habitat natural.

Outros problemas que eles enfrentam é a poluição dos rios. Além do mais, as mudanças climáticas e os acidentes com redes afetam essa espécie.  Como o seu ciclo de reprodução é lento, os danos são quase sem reversão. Por isso, precisam ter cuidado.

Os peixes-boi na Amazônia precisam de atenção

Todo animal é necessário para manter a natureza em sua melhor forma. Aliás, cada um deles contribui de alguma maneira para que tudo esteja no seu lugar. Por isso, cuidar para que eles existem é vital.

Outro fator para mantê-los é fazer com que as próximas gerações vejam os peixes-boi. Ou seja, faz parte do ato de garantir a sustentabilidade da natureza.