A riqueza da floresta Amazônica é um motivo de orgulho e preocupação para o Brasil. Pois, dada a sua importância e abundância, atrai a atenção de todas as nações do mundo que querem explorar seus recursos estratégicos (água, minerais) em prol de suas economias.

Amazônia é a maior floresta tropical do mundo

Ela possui 6,5 milhões de km², ocupando cerca de metade de toda a América do Sul. Dessa forma, ela faz parte dos seguintes países:

  • Brasil, Colômbia, Peru;
  • Venezuela, Equador, Bolívia;
  • Guiana Inglesa, Guiana Francesa e Suriname.

Destes, o Brasil é onde ela está mais presente e 61% do território nacional pertence a ela.  Por outro lado, já em relação ao seu relevo, ela possui três formações diferentes:

  • Ao Norte, está o planalto das Guianas;
  • No centro, a planície sedimentar amazônica;
  • Ao Sul, o planalto Central.

Em sua planície, destaca-se as várzeas, sempre inundadas por estarem estendidas ao longo do rio. Além disso, há a terra firme, que é onde fica o domínio da imensa floresta.

Conheça a seguir, as principais riquezas que a mesma possui e que desperta o interesse de diversos países.

Solo pobre em nutrientes, mas rico em matéria orgânica

Imagem do fruto de guaraná

O solo da floresta não possui muitos nutrientes, sendo um tanto ácido, bem como arenoso. Portanto, com isso ele é dito como bastante pobre.

Vale destacar, no entanto, que ali há bastante matéria orgânica vinda dos Andes pelos rios. Dessa forma, as várzeas do lugar são as únicas áreas aptas para agricultura.

Os microrganismos do solo decompõem os nutrientes minerais que depois são absorvidos pelas árvores. Com isso, a natureza se mantém em equilíbrio na Amazônia. Então, a única função do solo é dar suporte a vegetação.

Recursos hídricos da floresta Amazônica

O sistema de água dali é o mais imponente do mundo. Para se ter uma ideia, o rio Amazonas possui mais de mil afluentes e agrupa 1 ⁄ 5 de toda a água doce líquida do planeta. Ele é o maior em volume de água e o segundo maior em extensão.

Já o clima é quente quase que o ano todo, com média de 25ºC. Assim, a área mais úmida da região tem chuvas de até 2000 mm de modo anual.

Elas, aliás, acontecem no inverno e duram cerca de 150 dias, em forma de grandes temporais.

A escassez de água no mundo

Esse tem sido um assunto bastante discutido nos últimos tempos. Dessa maneira, as razões dessa preocupação são por conta, em especial, do problema na distribuição hídrica nos continentes. Então, a falta de água é um processo gradual causada pelo:

  • Desperdício;
  • Mau uso;
  • E por impactos negativos no próprio meio ambiente.

O mundo está prestes a entrar em conflito por causa da escassez hídrica. Mas, por outro lado, a Bacia Hidrográfica da Amazônia tem um potencial de água alto e valor estratégico, econômico e social.

São cerca de 7 milhões de metros quadrados de área de bacia, ou seja, é a maior do mundo. De fato, boa parcela do abastecimento, é graças às chuvas intensas que ocorrem na região. Que, aliás, é gerada pelo próprio clima úmido da floresta.

A sua incrível biodiversidade

Estima-se que exista ali cerca de 20% de todas as espécies vivas no planeta, dentre elas:

  • 20 mil de vegetais superiores;
  • 300 de mamíferos;
  • 1400 de peixes;
  • 1300 de pássaros.

Há ainda as milhares de espécies de insetos, invertebrados e microrganismos. Por exemplo, há mais variedade de plantas em um hectare da Amazônia do que em toda a Europa.

A castanheira é o símbolo da floresta, a típica árvore amazônica. Assim, de toda a sua diversidade, metade delas ainda é desconhecida da própria ciência. Por outro lado, a vegetação é dividida em:

  • Terra firme, seca;
  • Várzea, fica alagada no período de chuvas;
  • Igapó, sempre alagada.

Em menor quantidade, há ainda as áreas de campos, cerrado e a vegetação do litoral.

Recursos minerais e a produção de energia

Certas plantas dali são ideais para a produção energética, por combustão direta da madeira ou ainda por meio dos óleos vegetais.

Um deles é o óleo de copaíba, um possível substituto do diesel. Além disso, há o babaçu, onde dá para produzir:

  • Álcool;
  • Carvão siderúrgico;
  • Óleo vegetal;
  • Biogás.

Essas duas espécies são bastante comuns de se encontrar na floresta Amazônica.

A sua riqueza em minérios

Sabe-se que a região é farta nesse quesito. De fato, a exploração de modo sustentável e racional, geraria muita riqueza para o país. Dito isso, veja a seguir quais são os mais importantes:

  • Ferro: 18 bilhões de toneladas em Carajás;
  • Alumínio: cerca de 4 bilhões de toneladas em Trombetas, Paragominas e Almeirim;
  • Manganês: 80 bilhões de toneladas em Carajás e Serra do Navio;
  • Cobre: 10 milhões de toneladas também em Carajás;
  • Ouro: 250 toneladas em Tapajós;
  • Estanho: 400 mil toneladas;
  • Níquel: 90 mil toneladas.

Em menor quantidade, também é possível achar na Amazônia: diamante, petróleo, urânio e sal-gema.

Floresta é explorada de forma errada

Os recursos naturais ali são explorados de modo inadequado desde a chegada dos portugueses.

Com o desmatamento, há uma grande perda na diversidade. Várias queimadas são causadas, a fim de tomar posse da terra.

Toda essa degradação tem acontecido em um ritmo acelerado, o que dificulta planos alternativos ao uso dos recursos naturais. No entanto, muito ainda pode ser feito, basta que medidas de emergência sejam adotadas e aplicadas logo.

A importância da Amazônia para a humanidade

O significado da mesma vai além do seu papel em manter o equilíbrio ecológico no mundo. Já que a região é o lar de muitas tribos indígenas e abriga matérias-primas minerais, energéticas, medicinais, florestais e alimentares.

Em uma floresta gigante, com árvores imensas, é difícil crer que está tão ameaçada. Mas, ela está, devido a exploração desordenada de seus recursos, o aumento da agropecuária e o garimpo.

O desmatamento afeta a biodiversidade. E isso, sem dúvida, é um problema muito grave, pois tem impactado determinadas espécies que existem em apenas um local. Então, soma-se a isso, as retiradas que prejudicam o solo, que compacta e fica à mercê da erosão.

A Amazônia é essencial para a vida, por isso, requer o máximo de atenção possível em prol da sua preservação. E esse, sem dúvida, é um trabalho que não tem fim.